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Hedge nos investimentos: Entenda essa estratégia


















Como se sabe, todos os investimentos possuem algum tipo de risco e estão expostos no mundo do mercado financeiro. Dessa forma, seja você um investidor conservador, ou aquele investidor arrojado, conhecer o “hedge” é fundamental para ter bons resultados nos seus investimentos.


Sob essa ótica, inicialmente, é oportuno esclarecer que, o termo “hedge” traduzido do inglês significa “cerca”, ou ainda “cobertura”, e, dependendo do contexto, pode até ser entendido como um “limite”.

Nesse sentido, ao falar sobre o “hedge” no mercado financeiro, na realidade, estamos nos referindo sobre uma forma de proteção dos investimentos, ou ainda sobre a forma de cercar a sua aplicação para prevenir a perda de dinheiro em vendas ou compras futuras.

Calha mencionar que essa proteção, cujo objetivo é preservar os investimentos contra oscilações inesperadas do mercado, iniciou em meados do século XIX, mais especificamente em 1848, em Chicago (Estados Unidos), quando alguns agricultores decidiram desenvolver um contrato para fixar valores futuros de suas vendas de suas commodities.

À época, os agricultores traçaram uma estratégia para garantir o lucro com a safra ou com o lote, mesmo que acontecessem quaisquer imprevistos, seja com a movimentação de ofertas ou com a falta de um produto, garantindo que as commodities seriam vendidas pelos valores já previamente estabelecidos antes desta variação.

Esta estratégia não difere no mercado financeiro, e, inclusive, é muito utilizada.

Através de um contrato de hedge ambas as partes concordam com um valor pré-fixado da ação, do título ou da taxa cambial, de modo que, mesmo que ocorra queda ou valorização do ativo, o valor de referência do negócio se mantém incólume.

Em interessante artigo publicado pelo Estadão E-Investidor¹, o autor afirma que:

Geralmente, seu valor é calculado com base em juros futuros sobre o preço original da commodity, ativo ou ação praticada hoje. Outros índices também podem ser considerados para estipular um valor na operação, como a taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) ou do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).

Dessa forma, percebe-se que a estratégia de hedge pode ser aplicada em diferentes tipos de ativos:

  1. Hedge em Commodities: Como já exposto, refere-se ao primeiro contrato de hedge firmado entre os agricultores. Tem como escopo evitar imprevistos com a movimentação de ofertas, demandas e alterações nos valores dos produtos, de modo que apesar de possíveis alterações, a commodity será vendida pelo valor já estabelecido.

  1. Hedge Cambial: Tem a finalidade de reduzir os riscos em negociações que envolvam moedas, tendo em vistas as constantes variações das moedas no mercado. Tal prática é principalmente realizada na compra de dólar futuro.

  1. Hedge em Ações: Visa evitar a instabilidade dos ativos, de modo que o contrato firmado vai proteger o dinheiro investido a fim de evitar a volatilidade dos papéis na bolsa de valores.

Frisa-se que, no Brasil, a prática de hedge é regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que determina que este instrumento deve ser aplicado apenas em situações que protejam o negócio a ser firmado.

Nessa perspectiva, deve-se ter em mente que investidores não podem utilizar-se desta estratégia para apostas que objetivam ganhar lucros muito maiores do que a média², de tal maneira que essa prática também limita as opções dos investidores de obter lucros muito maiores.

Dessa forma, a utilização do “hedge” deve ser planejado cuidadosamente pelo investidor para ter bons resultados.

Clarissa Pitanga Malta

Graduanda em Contabilidade e Direito

Equipe de Mídias


Referências:





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